Com a defesa da democracia, do emprego e do desenvolvimento nacional, ocorreu na tarde desta quarta-feira (10), em São Paulo, o encontro de lideranças do movimento sindical com o candidato à presidência da República, Fernando Haddad, e a vice Manuela D’Ávila.
Os dirigentes das sete principais centrais do país (CTB-CUT-Força Sindical-Nova Central-CSB-Intersindical-UGT) entregaram a Haddad um manifesto de apoio assinado por todos os presidentes das entidades e a agenda prioritária unitária lançada em maio, que reúne as principais propostas da classe trabalhadora para o país.
Durante a reunião, o presidente da CTB, Adilson Araújo, defendeu a revogação da Emenda Constitucional 95 e da reforma trabalhista, e destacou a importância de um projeto que dialogue com as necessidades da classe trabalhadora brasileira.
“Temos de mostrar para o nosso povo que tudo que o golpe subtraiu em dois anos, nós teremos quatro anos para recuperar. É com essa candidatura, com esse projeto, que encontramos o compromisso de revogar a EC 95 e a reforma trabalhista. É neste projeto que nós vamos dialogar com a sociedade que a reforma da Previdência não é prioritária. Temos de discutir uma reforma tributária progressiva e solidária. Diminuir a carga sobre o ombro de quem mais contribui. Este projeto dialoga com o povo”, afirmou.
A candidata à vice-presidenta, Manuela D’Ávila, reafirmou o compromisso com o desenvolvimento e a valorização do trabalho. “É impensável um país desenvolvido sem direitos sociais e trabalhistas assegurados pela CLT e pela Constituição de 1988. Nossa defesa da revogação da EC 95 não é retórica. Não é possível ter um país desenvolvido sem investimento em mais creches, por exemplo, em mais investimentos no sistema público de saúde”.
Fernando Haddad começou sua intervenção afirmando que a negociação permanente é essencial para conquistar avanços para o país. “Eu me reuni com as centrais sindicais como ministro da Educação e como prefeito de São Paulo. Firmamos dezenas de acordos e tivemos a oportunidade de fazer o país avançar”, afirmou. “Nossa visão de mundo é tornar o povo parte da solução e não parte do problema. Nossa solução não é uma arma na mão, mas uma carteira de trabalho em uma mão e um livro na outra”, disse Haddad.
Ele alertou que os direitos sociais e trabalhistas não são os únicos em risco no país. “Os direitos civis e políticos também estão cada vez mais ameaçados”, afirmou, fazendo referência à morte do capoeirista baiano e à agressão à menina gaúcha que teve uma suástica inscrita com canivete na região abdominal de seu corpo por usar uma camiseta do movimento “Ele não”.